Decidido de última hora e sem itinerário certo caímos na estrada em direção à Barra do Ouro (próximo de Maquiné).
Detalhe para a garrafa adaptada: um suporte simples cortado e 2 tiras compressoras com velcro. Fica super firme, é leve e te dá mais capacidade de carga. Solução Eleven Bags.
Dia 1:
Ônibus de POA > Osório
Osório > Barra do Ouro, 25km em estrada de chão, camping ótimo do Eduardo (Paraíso Paradise – 15 reais para dormir, estrutura para cozinhar). Muito próximo ao Garapiá, perfeito para largar a carga e efetuar um ataque veloz à cachoeira.
Dia 2:
Barra do Ouro > Riozinho
Atravessando a Serra do Umbu, chega-se a Riozinho bem na cascata do Chuvisqueiro, que infelizmente custa R$8 para entrar (não pagamos). Esse dia sobe muito, e desce muito, e o piso é terrível, escorragadio, pedregoso e enlameado (perfeito). Dormimos no camp do Jésus, custa R$10 e não tem estrutura de cozinha, somente banheiro e uma torneira. É bem tranquilo, assim como o do Eduardo.
Dia 3:
Riozinho > Santo Antonio da Patrulha
Através da Linha Reichert, atravessamos para Rolante, Rolantinho e chegamos até Santo Antônio, com direito a uma serrinha geladíssima em meio às nuvens. Muita chuva. Esse dia finalizamos com um bom pedaço de asfalto, entramos no ônibus, estou em casa.
DESTAQUES:
– Macarrão Oriental para Somen, 500g. Rende muito. Cozinha muito rápido (ferver água, jogar dentro, esperar, ta pronto). É muito saboroso. 1/4 de pacote satisfaz uma pessoa normal;
– Merken;
– Osprey Talon 22;
– Ortliebs;
– Vbrakes Shimano (eu peso 100kg e me segura muito bem, é super modulável e responsivo);
– O camarão do Eduardo;
O ápice foram os quase 1000 metros de altimetria acumulada em 45km, tudo isso com o necessário para cozinhar, dormir sob chuva e frio, se alimentar por 3 dias, além do kit “básico” de ferramentas, câmera com duas lentes, carregadores, 2 peças extra de roupa e algum kit de emergência/saúde.
Lama, pedras soltas, poeira, buracos e tudo de bom que uma estrada perdida no meio das nuvens pode oferecer. Silêncio absoluto. Ladeira abaixo eu e Mogli batíamos guidão na disputa de espaço para as curvas nos molhados double-tracks de pedra no meio do mato. 1h de descenso, será?
O que eu levei para 3 dias?
– Osprey Talon 22:
Isolante Thermarest
Cozinha e parte da comida
Anorak Columbia
Dinheiro (pouco)
Faca Opinel e Victorinox
Celular (com o app maps.me, gps que funciona de verdade)
Boné
1st aid
Câmera nex-6 + canon 50mm + sony 16-50mm
Varetas
– Ortlieb Roller Classic:
Saco de Dormir Lafuma conforto 13°C
Roupa para dormir
Barraca
1 par de meia extra
1 short extra
Kit de ferramentas
Outra parte da comida
Crocs!
Bateria externa e carregadores
– Eu:
Sapatilha
Camiseta Dry
Undershort Corrida
Short Corrida
Meias de algodão
Capacete
– Bike:
Specialized Stumpjumper 1992 Cromo
Avanço em Cromo
Guidão GT em Cromo
Trocadores XTR, 3×8
Cambios Shimano de qualidade duvidosa (o trocador é quem manda)
Cassette de qualidade duvidosa: 12-32
Pedivela FSA Triplo e Quadrado: 22-32-44
Pedais XTR
Central Shimano
Pneus Schwalbe Marathon, pouquíssima pressão
Rodas Vzan qualidade duvidosa
Cubos Shimano (esferas, sempre)
Vbrakes com sapatas novas
Canote Thomsom + Selle SMP Pro
Rack dianteiro Tubus Smarti
Direção de qualidade duvidosa
Esse rolê foi bem tranquilo para mim, apesar das etapas duríssimas. Equilibrou descanso, aventura, adrenalina, pedal forte, curvas insalubres, natureza e silêncio. Amanhã(segunda feira) estamos nas ruas de novo.
Ogro